o que nos inspira
uma prática social reflexiva - um engajamento profundo com o que é vivo
A pesquisa científica de Goethe inspirou ao que hoje nomeamos como prática social reflexiva, uma abordagem de compreensão da transformação que se baseia em um engajamento profundo com o que é vivo. Nosso trabalho se referenda nessa prática, que tem seu nascedouro no trabalho desenvolvido por Allan Kaplan e Sue Davidoff da Proteus Initiative e assim como toda prática, está em constante transformação, se desenvolvendo na medida em que se encontra com o mundo, que, ao mesmo tempo, a transforma e é transformado por ela.
Goethe entendeu o mundo como algo vivo e em constante movimento e seu olhar científico envolve uma cuidadosa abordagem descritiva e de observação, e nos demanda uma postura ativa e sensível na maneira como nos relacionamos com o mundo. A “fenomenologia goetheana” é uma grande referência no campo daqueles que buscam lidar com a complexidade - das situações, das organizações e da vida -, inspirando outras compreensões e movimentos, tais como a Pedagogia Social e a Teoria U, entre outras.
Craig Holdrege, outra pessoa de referência que nos inspira, afirma que “precisamos superar nossos hábitos de ver o mundo em termos de objetos e deixar para trás a tendência científica de explicar via endeusamento e modelos reducionistas”; precisamos desenvolver uma conversa com a natureza, com aquilo que é vivo e, no nosso caso, com o social, com o humano. É fundamental termos um olhar que entende os processos e as iniciativas como organismos vivos, de forma a regenerar e trazer saúde para a vida presente em cada um deles.
Outros autores, poetas e pensadores também compõem nosso repertório, tais como Carla Ferro, Carl Jung, Rudolf Steiner, Henri Bortoft, Nilton Bonder, Steve Talbott, Rainer Maria Rilke, Mia Couto e Manoel de Barros. Percebemos esses pensadores como pessoas que veem o mundo de forma a transvê-lo, questionando o status quo e nos ajudando a compreender a realidade complexa de forma a torná-la pura vida!
Além disso, existem organizações e iniciativas que compartilham conosco uma forma de ver e fazer viva e atenta e buscam fortalecer essas qualidades no mundo. A noetá se vê parte desse movimento.
Intencionamos reunir nesse espaço leituras, videos e indicações que dão contorno, permeiam, arejam e inspiram nosso praticar,
que contam desses nossos encontros com o mundo.
inspirar-praticar | artigos provocadores
praticar-refletir | exercícios e convites
Artigo de Ana Biglione, para a Revista Jataí, volume 5, de 2023, da Faculdade Rudolf Steiner.
Link da revista completa aqui.
artigos diversos sobre filantropia
Em parceria com Joana Ribeiro Mortari, Ana Biglione co-fundou a Philó Práticas Filantrópicas e parte de sua atuação, são reflexões escritas que podem ser encontradas aqui.
um ativismo delicado
Essa pequena publicação, escrita por Allan Kaplan e Sue Davidoff revela muito do nosso jeito de olhar pro mundo e do jeito como a gente trabalha.
Ela conta exemplos práticos e fala de um olhar atento ao mundo, de uma prática social reflexiva que é radical por ir ao centro das questões e por perceber a si mesma como a grande mudança social tão desejada por todos.
livros que nos ensinam
artistas do invisivel
Em 'Artistas do Invisível', Allan Kaplan apresenta uma abordagem radical para a compreensão e para a prática de desenvolvimento social. Confrontando a tendência de se reduzir o desenvolvimento social a uma operação técnica controlável, a abordagem acolhe toda a complexidade do processo de transformação social.

a metamorfose das plantas
Nesta obra escrita em 1790, Goethe relata suas pesquisas no mundo vegetal, inaugurando uma nova metodologia científica nessa área. Com um claro pensamento observador, contradiz as teorias materialistas da época.

the wholeness of nature (o todo na natureza)
No livro "The Wholeness of Nature: Goethe's Way Toward a Science of Conscious Participation in Nature", ainda sem tradução ao português, Henri Bortoft nos revela como o pensamento de Goethe é uma forma mais ampla e complexa de ir além do paradigma científico predominante.