sobre nós
nada surge do nada
“De uma colina baixa nas planícies de Athi da África Oriental, assisti uma vez as vastas manadas de animais selvagens pastando em uma quietude silenciosa, como fizeram desde tempos imemoriais, tocado apenas pelo sopro de um mundo primordial. Senti então como se eu fosse o primeiro homem, a primeira criatura, a saber que tudo isso é. O mundo inteiro ao meu redor ainda estava em seu estado primitivo; não sabia que era. E então, naquele momento em que soube, o mundo surgiu.” Carl Jung
Somos um grupo de pessoas que trabalha com desenvolvimento pessoal, social e organizacional, no campo das relações entre as pessoas. O que nos define é a forma como a gente faz o que a gente faz, a abordagem a partir da qual a gente trabalha. Inspiradas pela fenomenologia de Goethe, desenvolvemos nossas ações a partir da inteligência do que é vivo, de uma abordagem metodológica que segue princípios, mas não pressupõe modelos prontos - um método não-método.
A noetá nasce de um encontro – de pessoas e de sonhos. E de um jeito de olhar e ser no mundo.
Esse jeito busca ver não só aquilo que está diante de nós, mas também o fluxo, movimento e relações; aquilo que está por entre e a partir das coisas, situações e pessoas, e que, muitas vezes, passam despercebidos. O que é invisível aos olhos, mas essencial, como disse tão bem Antoine de Saint-Exupéry.
Ela nasce de um desejo de relativizar a unilateralidade como pressuposto: ou você trabalha, ou faz algo pessoal; ou você está ajudando ou você está atrapalhando... e de reconhecer o “e”, a simultaneidade e interpenetração de aspectos, muitas vezes, polares.
O fio do nosso desenvolvimento vai ganhando corpo conforme vamos reconhecendo nossa centralidade em desenvolver e sermos desenvolvidos por uma prática inspirada no pensamento científico, holístico e precursor da fenomenologia, de Goethe, a qual temos nomeado prática social reflexiva. Allan Kaplan e Sue Davidoff da Proteus Initiative (Africa do Sul) são os pioneiros dessa prática, que tem ganhado vida e corpo em diversas pessoas e iniciativas no Brasil, que carregam um olhar cuidadoso e reflexivo para o que fazem.
Essa é a prática que nos move e estamos cercados por essa comunidade, com quem trabalhamos colaborativamente, cujos fazeres nos inspiram e alimentam, fazendo acontecer a noetá como uma iniciativa porosa. Convidamos e somos convidados por pessoas, iniciativas ou organizações de acordo com talentos, vontades e disponibilidades. Nesse confiar as potencias singulares trabalham juntas, ampliando nossa capacidade de ver e compreender, e fortalecem um atuar em rede que aprende e se renova.
Nossa história, em especial, passa pelo Instituto Geração, organização que atuou com jovens adultos da elite econômica, fortalecendo seu engajamento na transformação social, pelo Instituto Fonte, que facilita processos de desenvolvimento social e ajuda indivíduos a compreenderem e aprofundarem sua atuação e pela Proteus Initiative, iniciativa sul africana com atuação mundial que busca atuar com profissionais de forma a desenvolver sensibilidade, compreensão e prática na direção de uma integridade ecológica e coerência social.
Além dessas, diversas pessoas e várias organizações foram chave para esses encontros acontecerem, e muitas delas continuam bem próximas do nosso trabalho, nos inspirando e sendo inspiradas. A elas dedicamos nossa gratidão e reconhecimento. Sem elas a gente possivelmente nem teria começado e não se sustentaria.
Ana Biglione
sócia fundadora da noetá, atua com transformação social e desenvolvimento de pessoas e organizações. Inspirada por um pensar e fazer mais vivos e de fato transformadores, facilita processos de aprendizagem e de desenvolvimento organizacional pela noetá e em parceria, principalmente no Brasil, Argentina e África do Sul. Formada em administração pela FGV-SP, vem se aprofundando na prática social reflexiva, uma abordagem embasada no pensamento de Goethe, a qual, além de facilitar processos formativos sobre (como Profides, Artistas do Invisível e Ativismo Delicado), também faz mestrado -Filosofia da Inovação - na Alanus (Alemanha, em parceria com a Proteus Initiative). Começou sua atuação no mercado financeiro, onde se envolveu com a concepção do Instituto Hedging-Griffo, do qual foi conselheira. A partir dessa experiência redirecionou seu trabalho e atuou em organizações como IDIS, apoiando empresas no seu investimento social no Brasil e Argentina; FICAS, em processos formativos no Brasil e Moçambique; e Instituto Geração, organização para jovens-adultos da elite engajados na transformação social, que co-empreendeu e foi diretora executiva. Com sua irmã, também co-fundou a Associação Cultural Cuadra Flamenca.
Tuca Porto
sócia fundadora da noetá, é fundadora também da Associação Aicó e da Escola Livre Areté. Atua como psicóloga, na facilitação de processos pela noetá, na direção da Associação Aicó e no executivo da Escola. Formada em psicologia pela PUC, hoje se aprofunda na prática social reflexiva, uma abordagem embasada no pensamento de Goethe e na antroposofia. Trabalhou por dez anos na área da saúde mental como psicoterapeuta e coordenadora do Núcleo de Educação Inclusiva da PUC-SP em parceria com o Instituto Sedes Sapietiae. Coordenou diversos processos formativos nas temáticas do trabalho em rede, gestão participativa e construção de projetos de inclusão escolar para crianças e jovens com graves transtornos psíquicos, junto a profissionais da área da saúde, educação e assistência social. Trabalhou também no Instituto Geração, facilitando processos formativos para jovens-adultos da elite engajados na transformação social.
pessoas com quem adoramos trabalhar junto
Bruno Andreoni
facilitador de processos coletivos de aprendizagem e de desenvolvimento organizacional de iniciativas da sociedade civil, fundador da Revolução Artesanal @fazerartesanal e sócio da In Totum. Atuo como consultor e em parceria com diversas pessoas e organizações, tais como a Noetá.
Desde jovem articulo iniciativas – primeiramente como voluntário no CISV, promovendo gincanas pela cidade de São Paulo e intercâmbio cultural com adolescentes e projetos de intervenção social, sempre realizando o ciclo completo (desenho do projeto, articulação, mobilização, realização e avaliação), o que me levou a conhecer e caminhar nos campos da diversidade cultural e da convivência, para gerar trocas e construção de ambientes criativos, educacionais e de colaboração.
Como consultor, venho apoiando, ao longo dos últimos 10 anos, iniciativas socioambientais e negócios sociais em seus processos de desenvolvimento organizacional e pedagógico, facilitando planejamentos estratégicos, aprendizagem organizacional, desenvolvimento humano, articulação local e educação.
Danielle Fiabane
trabalho no campo da responsabilidade social e da filantropia há 15 anos, na criação e gestão de organizações da sociedade civil, institutos sociais corporativos e fundações familiares. Liderei a criação e gestão do Instituto Criar, do Instituto Asas (Red Bull/Amaphiko) e do Instituto ACP. Como consultora, tenho trabalhado com planejamento e governança. Minha graduação é em administração de empresas na FGV, com bolsa de estudos pela Fundação Estudar e intercâmbio na Bocconi de Milão. Fiz mestrado acadêmico em administração pública e governo também na EAESP-FGV, e especializações na Harvard Kennedy School, FIA-USP e Schumacher College, e sobre a Prática Social Reflexiva, na Proteus Initiative. Investigo novas abordagens de desenvolvimento organizacional que provoquem um olhar para processos e nutram a cultura do aprendizado e procuro desenhar jornadas em que os clientes se apropriem das reflexões e decisões.
Joana Lee Ribeiro Mortari
sou advogada formada pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e com LLM pela Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos e Pós Graduação em Prática Social Reflexiva pela Proteus e Universidade Alanus. Atualmente também atuo como Diretora da Associação Acorde, organização social que trabalha pelo desenvolvimento humano de crianças e jovens em Embu das Artes e Cotia. Sou co-Criadora e membro do Comitê Coordenador do Movimento por uma Cultura de Doação no Brasil, uma rede colaborativa de pessoas e organizações dedicada à promoção da cultura de doar no Brasil. Membro do Conselho de Avaliação do Fundo Bis e do Conselho do Instituto Mol.
Martin Bunge
nasci e ainda moro em Buenos Aires, amante da selvagem Patagônia. Tenho trabalhado nos últimos 13 anos desenhando e facilitando processos de aprendizagem para diferentes tipos de organizações (públicas, privadas e comunitárias). Sou sócio de uma empresa de consultoria, a Emprendia, e membro de uma organização de aprendizagem voltada para a prática chamada Experiencia Raiz. Também faço parte de uma comunidade internacional relacionada à Prática Social Reflexiva e fenomenologia para a mudança social. Graduei-me em Administração de Empresas (UCES) e posteriormente me interessei profundamente por comportamento organizacional e desenvolvimento humano. Fiz um mestrado em Estudos Organizacionais (UDESA) e outros workshops e programas relacionados à facilitação e aprendizagem. Recentemente, fiz outro mestrado em Filosofia da Inovação Social. Eu trabalho principalmente destacando a importância de observar nossa natureza humana dentro do contexto organizacional.
Rayssa Winnie
há mais de 15 anos atuo como formadora e consultora em empresas, institutos, organizações sociais, contribuindo nos processos de desenvolvimento de pessoas e na gestão de projetos relacionados à diversidade e equidade racial. Formada em pedagogia e com especialização na área da psicossociologia e políticas públicas, tenho a filosofia africana como centralidade para os trabalhos com a população negra.
Na minha trajetória profissional atuei na Cidade Escola Aprendiz, em programa específico voltado para as juventudes periféricas e professores de escola pública. Programa premiado e reconhecido como uma tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil. No Instituto Corresponsabilidade pela Educação atuei nos processos de desenvolvimento de equipes técnicas e escolares de Secretarias de Educação de 9 estados brasileiros. Pela Singuê, fiz parte da equipe de co-criação do Instituto NU (instituto do Nubank) e, implemento processos de letramento racial para iFood e Fundação Lemman.
Aprender com o passado para construir o futuro é um saber autêntico da maioria dos povos tradicionais africanos. É o que me mantém conectada aos princípios e valores ancestrais, e que me inspira a pensar em um futuro possível. Dar continuidade ao meu propósito é manter a mente e coração abertos para pensar em projetos que transformam profundamente a vida de pessoas. Feliz e motivada por ter a oportunidade de cocriar processos com outras instituições preocupadas com causas que promovam a equidade e o desenvolvimento humano.
Patricia Busatto
sou facilitadora de processos de aprendizagem, desenvolvimento humano e organizacional, coach e consultora. Fui diretora da Sociedade Antroposófica e sou conselheira do Hospital Israelita Albert Einstein. Tenho especial interesse por temas como relacionamento entre sócios, empreendedores, processos decisórios delicados, construção de comunidades e transformação de cultura organizacional. Atuei por 17 anos em multinacionais em estratégia, operações e RH (Booz-Allen, Spencer Stuart e Korn/Ferry). Sou formada em engenharia eletrônica pela UTF-Pr, MBA em Finanças pela PUC-RJ e especialização em Psicologia Social das Organizações pelo Sedes Sapientiae. Cursei a Formação de Consultores pela Adigo, Aconselhamento Biográfico pela Associação Sagres, Coaching pelo ICI e Mediação de Conflitos pela Trigon(Alemanha)/IMO/EcoSocial. E mestrado internacional em Filosofia da Inovação, prática social reflexiva (Alanus, Alemanha e Proteus Initiative, Africa do Sul)
Pilar Cunha
sou facilitadora de processos e consultora de desenvolvimento organizacional para o campo social. Desenvolvi toda minha trajetória profissional na área social e ambiental, tendo trabalhado em organizações como ISA e Vitae Civilis, percurso no qual acumulei desde 2003, experiência técnica e de gestão em organizações não-governamentais. Atuei posteriormente como consultora pelo Instituto Fonte. Sou formada em Geografia pela USP, e cursei também programas como Profides – Profissão Desenvolvimento, Artistas do Invisível e Aprimora. Desde 2013 atuo em processos para iniciativas e organizações sociais por meio da Prática Social Reflexiva, em temas como planejamento e avaliação. Tenho também nessa abordagem meu campo de estudo e desenvolvimento.